sábado, 20 de novembro de 2010

Mudar

Começa-se a falar intensamente de renovação governamental e da entrada do FMI no nosso país. É importante referir que, como diz o famoso ditado, não basta mudar as moscas, é preciso mudar também o resto.
Sobre a renovação governamental apetece-me dizer que sempre que começam a surgir noticias destas é porque estamos a beira do fim do mesmo governo. Quando eles não se entendem, quando eles não se falam, quando eles se contrariam, quando já nem eles acreditam no seu líder é porque o fim está demasiado próximo, é porque o cheiro a poder já é um cheiro completamente absorvido pelo cheiro a mudança.
Quanto à entrada do FMI no nosso país, julgo que esta não será a solução. Numa coisa concordo com Sócrates, nós ainda somos capazes de resolver os nossos problemas. Não é por o PS não o ser capaz que os portugueses não o serão. O FMI tem uma receita única que aplica em todos os países esquecendo por completo a sua cultura e as suas bases. Nós não precisamos desse tipo de receitas, nós precisamos é de mudar.
Precisamos de responsabilizar definitivamente este Engenheiro e este governo pelo mal que nos fez. Precisamos de os responsabilizar pela situação em que nos deixaram. Precisamos de os responsabilizar politicamente com uma derrota expressiva nas próximas eleições.
Faz no próximo dia 4 de Dezembro 30 anos que Sá Carneiro morreu. Sá Carneiro morreu mas o seu sonho ficou. Esta é sem dúvida a grande oportunidade do PSD para ter um presidente, um governo e uma maioria.
No entanto não podemos apenas querer concretizar o sonho de Sá Carneiro. É preciso fazer diferente. É preciso respeitar os portugueses. É preciso diminuir as assimetrias entre o interior e o litoral. É preciso reduzir as diferenças entre os pobres e os ricos. É preciso dar voz aos jovens portugueses. É preciso fazer da ética e da moral uma obrigação entre aqueles que nos governam. É preciso dar esperança. Dar esperança aos jovens, aos adultos e aos idosos. Dar esperança às empresas pequenas, médias ou grandes. É preciso dar vida a uma classe média enforcada por políticas erradas. É preciso devolver a transparência à Justiça. É preciso devolver a honra e o rigor à nossa educação. É preciso racionalizar os custos da nossa saúde. É preciso acabar com o regabofe das empresas e institutos públicos. É preciso reformar o nosso código de trabalho, rever os nossos impostos, renovar os nossos incentivos de maneira a que a nossa economia possa finalmente crescer.
É preciso Mudar tudo e não só as moscas.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Senhor Primeiro-Ministro, demita o ministro da justiça.


Transcrevo a seguir um artigo de opinião escrito pelo Médico Jaime Ramos, natural de Miranda do Corvo, ex-deputado, ex-governador civil, ex-presidente de câmara e fundador da ADFP publicado hoje no jornal Público. Este artigo mostra-nos mais uma vergonha de como é gerido o nosso dinheiro.

"PB-Senhor primeiro-ministro, demita o ministro da Justiça



É preciso que os responsáveis políticos entendam que devem poupar e salvaguardar o interesse nacional
A comunicação social tem noticiado que uma organização espanhola vai educar menores delinquentes em Portugal.
O Centro Educativo Santa Clara, em Vila do Conde, tem capacidade para 48 jovens, 36 rapazes e 12 raparigas. É propriedade do Ministério da Justiça e vai ser gerido por espanhóis.
Em contrapartida, o Governo português vai pagar dois milhões de euros por ano. O contrato será por três anos, seis milhões de euros para os espanhóis.
O Estado, segundo notícia publicada no PÚBLICO em 30/10, ficará ainda responsável pela gestão e segurança do colégio. A organização espanhola assume a educação e formação dos jovens.
Por cada jovem, o Estado vai pagar quase 42 mil euros por ano, cerca de 3500 euros por mês. Por cada jovem, por dia, o Governo português vai pagar 114,16 euros (cento e catorze euros e dezasseis cêntimos) à organização espanhola.
Em Portugal, há IPSS (instituições particulares de solidariedade social) sem fins lucrativos, que educam crianças, mediante acordos com a Segurança Social. Estas IPSS assumem todos os custos, construção dos estabelecimentos, manutenção, segurança, apoio social e educação.
O Estado paga às IPSS portuguesas 469,11 euros por mês por criança internada num centro de emergência infantil. Este valor é cerca de 13% do valor pago aos espanhóis, não esquecendo que é o Estado que ainda assume a gestão e a segurança.
Por mês e por jovem internado num lar de apoio para jovens em risco, o Estado paga só 667,88 euros, valor que é só 19% do pago pelo Ministério da Justiça aos espanhóis.
Notícias indicam que a mesma organização também contratou a prestação de serviços idênticos num outro colégio do Ministério da Justiça, na Madeira.
Estamos perante um escândalo e um exemplo de má gestão económica e política.
Portugal precisa de investimento estrangeiro, não de ser explorado por estrangeiros. Precisamos de investimento que aumente a nossa capacidade de produção de bens transaccionáveis. Devemos prescindir de serviços de organizações estrangeiras que agravem o défice da nossa balança externa.
Há portugueses que são excelentes professores e técnicos, alguns no desemprego.
Não precisamos de adjudicar a educação e formação de jovens residentes num centro educativo a estrangeiros.
Sabemos que Portugal enfrenta uma grave crise económica. O Estado não pode continuar a gerir como se não tivesse de poupar. Se o Ministério da Justiça tem negociado esta gestão partilhada com IPSS nacionais, seguramente teria encontrado uma solução mais económica.
Todos percebemos que uma organização sediada no estrangeiro tem necessariamente custos de gestão superiores a uma instalada em Portugal. A gestão à distância origina sempre desperdícios. Basta pensar nos custos das deslocações dos gestores, para se ter noção de gastos desnecessários.
O buraco existente no Orçamento do Estado impõe que Portugal gira os seus serviços com menores custos, com maior eficiência. O défice na balança externa impõe que o Governo reduza as importações e as saídas de dinheiro para o estrangeiro. Estes seis milhões de Vila do Conde serão uma insignificância, mas constituem um péssimo exemplo de despesismo e de falta de sensibilidade para a nossa balança comercial.
As IPSS portuguesas colaboram diariamente com o Ministério da Justiça e com a Segurança Social no apoio a crianças e jovens residentes nos seus lares. Não mereciam ter sido desprezadas e trocadas por uma organização espanhola. Esta adjudicação, para além dos custos e erros financeiros, expressa a ideia de que as organizações portuguesas são incapazes de educar os nossos jovens.
Perante a situação, exige-se que o Governo denuncie o contrato com a organização espanhola, indemnizando-a de eventuais prejuízos, e proceda à entrega da gestão partilhada a uma IPSS portuguesa.
Portugal tem muitas IPSS disponíveis para, sem fins lucrativos, gerir estes estabelecimentos educativos do Ministério da Justiça.
Fundei uma IPSS (www.adfp.pt) que gere várias residências destinadas a mulheres, crianças e jovens com problemas sociais graves e problemas com a justiça. Temos colaborado sempre com o Estado. Sinto que este contrato com os espanhóis é um enxovalho às IPSS, aos trabalhadores e técnicos que diariamente dão o seu melhor a educar e a cuidar de crianças e jovens em Portugal.
Os políticos devem dar o exemplo. A saída da crise exige actos emblemáticos que galvanizem os portugueses. É preciso que os responsáveis políticos entendam que devem poupar e salvaguardar o interesse nacional.
Atitudes erradas devem ser exemplarmente sancionadas. Senhor primeiro-ministro, peço que demita o ministro da Justiça. "

domingo, 14 de novembro de 2010

Novo Blog em Miranda

O Blog oficial do PSD Miranda está online.
Podem visitar em http://psdmirandacorvo.blogspot.com/ .

Reforma

Ultimamente parece que a Dra. Fátima Ramos é a aposentada mais famosa de Miranda. Parece que algumas pessoas deste concelho, incluindo vereadores, pegaram nos telefones e nos mails e andaram a ligar a toda a gente com uma conversa deste género "sabe quem se reformou?! A Fátima Ramos".
Penso que antes de qualquer argumento é completamente ridícula a situação de pessoas com cargos públicos andarem a fazer telefonemas destes e a enviarem mails destes, tal atitude só demonstra a força do seu carácter e a sua capacidade política.
Posto isto, gostava de perceber qual o mal de uma pessoa a quem a lei permite se reformar optar por o fazer. Para os que não sabem a Dra. Fátima Ramos congelou a reforma, não estando neste momento a receber nem mais um Euro do que já recebia.
O único mal que posso ver é realmente o montante dessa reforma congelada ser baixo.
Realmente se pensarmos naquele último presidente de Câmara do PS em Miranda que se reformou mais novo que a Dra. Fátima Ramos, que não era licenciado, que apenas esteve 8 anos na Câmara, que não congelou a sua reforma, que a seguir a perder a Câmara foi para Chefe de Gabinete de um Governo Civil ganhar um bom ordenado MAIS a sua reforma, reforma essa que é mais ao menos o dobro da reforma da Dra. Fátima Ramos, sim se o problema fosse esse eu compreenderia tantos telefonemas.
Realmente não se percebe porque a reforma de esse senhor é o dobro da Dra., quando esse senhor nem sequer era licenciado, quando teve menos anos na câmara.
Mas o que também não percebo é porquê que estes amigos desse senhor, esses amigos vereadores e assim que agora andam com o telefone aos saltitos no bolso, não vieram na altura criticar esse seu antigo presidente pela sua enorme reforma antecipada e ainda por cima quando este a ganhava em simultâneo com o seu salário de Chefe de Gabinete do Governo Civil.
Não vos entendo...

Notas Introdutórias

Quero esclarecer algumas coisas essenciais.
Quem quiser ver os seus comentários aprovados que os faça com um mínimo de respeito e educação. Isto não é a caixa de comentários da Bola ou do Record. Não tenho problema nenhum com opiniões contrárias ao que penso mas para as publicar elas terão de ter os requisitos mínimos de educação. Vejo muita gente falar em democracia quando não vê um comentário aprovado mas esquecem-se que o respeito pelo próximo também faz parte da democracia.
Caso não gostem das regras, têm bom remédio. Não me visitem!