segunda-feira, 20 de julho de 2009

Mandato nacional

José Sócrates chega brevemente ao fim do seu primeiro mandato. Chega fraco, cansado, desmistificado, à beira de perder as eleições para a mais improvável vencedora.

Pelo contrário é no fim deste mandato que a oposição se encontra mais forte, contra muitas expectativas. Incluindo eu mesmo que não via na Dra. Manuela o futuro, mas foi ela, e tem esse mérito, que me convenceu que era realmente o futuro, o melhor para todos nós. Ela porque é uma política de verdade, que fala verdade, que enfrenta os problemas em vez de fugir para a frente.

Foram 4 anos negros para o nosso país, negros para a nossa honra, negros para a nossa imagem.

Foram licenciaturas por explicar, foram licenciamentos por entender, foram freeports por compreender, foram verdades mentirosas, foram golpes de mágica, promessas por cumprir, ministros a partir, cornos a passear…

Pergunto-me pelos 150.000 empregos, pergunto-me onde está o homem que dizia que 8% de desemprego era uma vergonha nacional (homem que agora deixa o pais com 12 %), pergunto-me onde está o homem que prometeu não subir os impostos, o homem que prometeu lutar contra o TGV e o aeroporto, o homem que defendia as PME’s, o homem que prometeu não por portagens nas scuts, o homem do choque tecnológico, onde está esse José Sócrates? Chego à conclusão que esse homem não existe, tal como as suas utópicas promessas não existem, tudo não passou de uma miragem…

Ao fim de 4 anos tem a seu favor a reforma da segurança social e alguma actividade na área das energias renováveis, tem contra si a sua atitude na saúde, na função publica, na educação, no turismo, na juventude, na cultura, nas finanças publicas, no investimento, na banca, no emprego, na economia. Tem contra si a sua própria imagem, a poeira que sempre levantou à sua volta.

Foi dia 7 de Junho que esse homem, que agora tenta parecer simpático e humilde, percebeu que estava a terminar o seu primeiro e ultimo mandato. Percebeu que vai ser cavalheiro e dar o lugar a uma senhora.