quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vergonha!

Portugal não é nem pode ser Lisboa.
http://economico.sapo.pt/noticias/red-bull-air-race-vem-mesmo-para-lisboa_76862.html

Freeport

"...está ser o bode expiatório das pressões que, em Janeiro, a hierarquia do Ministério Público fez para que o caso Freeport fosse arquivado" (mais em http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1449578).
Significa isto que a defesa de Lopes da Mota diz que houve pressões do topo do Ministério Público para que o caso de corrupção do Freeport não desse em nada. Fico agora à espera que Pinto Monteiro, confirme ou desminta esta acusação do advogado Magalhães e Silva. Porque caso opte pelo silêncio vai-me parecer uma confissão...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Cromo (de ouro)

Recebi um dos comentários mais patéticos da história. Só falta me chamarem Fernando Pessoa. Ora vejam lá o que alguém aqui deixou escrito ... Momento para rir!
"A malta ainda não compreendeu nada desta cena. José, TS, Somar, Jaime Marques e outros são a mesma pessoa. O Jaime Marques é uma versão de luxo de deputado socialista inventada pelo José para lhe dar luta. Os outros são apenas para dar realismo à coisa. Baril pá. Bué da fixe. És o maior. "

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Anonimato (por Miguel Sousa Tavares"

Ao texto que a seguir transcrevo apenas acrescento que através do anonimato apenas os cobardes se manifestam. Aqueles que nem sequer têm a coragem de assumir o que escrevem, provavelmente por nem sequer terem orgulho no que escrevem. Neste Blog escrevem algumas das mais altas personalidades socialistas do concelho e apenas um miúdo de 21 anos assume o que escreve através de um perfil. Querem estes anónimos serem um dia alguma coisa neste concelho. Vergonha.
"…mas ali encontro, derramados em todo o seu esplendor (e como em tantos outros “sites” e blogues da net), os dois piores defeitos, se não mesmo características, do portuguezinho: a inveja e a cobardia. A inveja dos medíocres para com os que se destacam ou triunfam, e a cobardia dos anónimos, dos que só têm coragem quando o inimigo está de costas ou a mão que atira a pedra está escondida. A net e o seu anonimato garantido parecem inventados de encomenda para servirem os piores defeitos dos portugueses. O teor e a arrogante ignorância destes comentários, a viscosa inveja que deles transparece sem subterfúgios, o tom de ofensa e calúnia pessoal com que tratam qualquer político, as escabrosas difamações são simplesmente deprimentes e chegam a ser revoltantes."

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O PALHAÇO (por Mário Crespo in JN)

O texto que a seguir transcrevo é da autoria do Jornalista Mário Crespo. Brilhante no mínimo.

"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço."