sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Política

Fui recentemente eleito Conselheiro Nacional da JSD. É um prémio para mim e para toda a secção de Miranda pela sua competência e seriedade.
Ao mesmo tempo vejo o blog do Partido Socialista de Miranda e arrepio-me. Esta gente faz a política mais baixa que existe. Talvez seja por isso que ganham tão poucas vezes cá pelo concelho.

sábado, 20 de novembro de 2010

Mudar

Começa-se a falar intensamente de renovação governamental e da entrada do FMI no nosso país. É importante referir que, como diz o famoso ditado, não basta mudar as moscas, é preciso mudar também o resto.
Sobre a renovação governamental apetece-me dizer que sempre que começam a surgir noticias destas é porque estamos a beira do fim do mesmo governo. Quando eles não se entendem, quando eles não se falam, quando eles se contrariam, quando já nem eles acreditam no seu líder é porque o fim está demasiado próximo, é porque o cheiro a poder já é um cheiro completamente absorvido pelo cheiro a mudança.
Quanto à entrada do FMI no nosso país, julgo que esta não será a solução. Numa coisa concordo com Sócrates, nós ainda somos capazes de resolver os nossos problemas. Não é por o PS não o ser capaz que os portugueses não o serão. O FMI tem uma receita única que aplica em todos os países esquecendo por completo a sua cultura e as suas bases. Nós não precisamos desse tipo de receitas, nós precisamos é de mudar.
Precisamos de responsabilizar definitivamente este Engenheiro e este governo pelo mal que nos fez. Precisamos de os responsabilizar pela situação em que nos deixaram. Precisamos de os responsabilizar politicamente com uma derrota expressiva nas próximas eleições.
Faz no próximo dia 4 de Dezembro 30 anos que Sá Carneiro morreu. Sá Carneiro morreu mas o seu sonho ficou. Esta é sem dúvida a grande oportunidade do PSD para ter um presidente, um governo e uma maioria.
No entanto não podemos apenas querer concretizar o sonho de Sá Carneiro. É preciso fazer diferente. É preciso respeitar os portugueses. É preciso diminuir as assimetrias entre o interior e o litoral. É preciso reduzir as diferenças entre os pobres e os ricos. É preciso dar voz aos jovens portugueses. É preciso fazer da ética e da moral uma obrigação entre aqueles que nos governam. É preciso dar esperança. Dar esperança aos jovens, aos adultos e aos idosos. Dar esperança às empresas pequenas, médias ou grandes. É preciso dar vida a uma classe média enforcada por políticas erradas. É preciso devolver a transparência à Justiça. É preciso devolver a honra e o rigor à nossa educação. É preciso racionalizar os custos da nossa saúde. É preciso acabar com o regabofe das empresas e institutos públicos. É preciso reformar o nosso código de trabalho, rever os nossos impostos, renovar os nossos incentivos de maneira a que a nossa economia possa finalmente crescer.
É preciso Mudar tudo e não só as moscas.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Senhor Primeiro-Ministro, demita o ministro da justiça.


Transcrevo a seguir um artigo de opinião escrito pelo Médico Jaime Ramos, natural de Miranda do Corvo, ex-deputado, ex-governador civil, ex-presidente de câmara e fundador da ADFP publicado hoje no jornal Público. Este artigo mostra-nos mais uma vergonha de como é gerido o nosso dinheiro.

"PB-Senhor primeiro-ministro, demita o ministro da Justiça



É preciso que os responsáveis políticos entendam que devem poupar e salvaguardar o interesse nacional
A comunicação social tem noticiado que uma organização espanhola vai educar menores delinquentes em Portugal.
O Centro Educativo Santa Clara, em Vila do Conde, tem capacidade para 48 jovens, 36 rapazes e 12 raparigas. É propriedade do Ministério da Justiça e vai ser gerido por espanhóis.
Em contrapartida, o Governo português vai pagar dois milhões de euros por ano. O contrato será por três anos, seis milhões de euros para os espanhóis.
O Estado, segundo notícia publicada no PÚBLICO em 30/10, ficará ainda responsável pela gestão e segurança do colégio. A organização espanhola assume a educação e formação dos jovens.
Por cada jovem, o Estado vai pagar quase 42 mil euros por ano, cerca de 3500 euros por mês. Por cada jovem, por dia, o Governo português vai pagar 114,16 euros (cento e catorze euros e dezasseis cêntimos) à organização espanhola.
Em Portugal, há IPSS (instituições particulares de solidariedade social) sem fins lucrativos, que educam crianças, mediante acordos com a Segurança Social. Estas IPSS assumem todos os custos, construção dos estabelecimentos, manutenção, segurança, apoio social e educação.
O Estado paga às IPSS portuguesas 469,11 euros por mês por criança internada num centro de emergência infantil. Este valor é cerca de 13% do valor pago aos espanhóis, não esquecendo que é o Estado que ainda assume a gestão e a segurança.
Por mês e por jovem internado num lar de apoio para jovens em risco, o Estado paga só 667,88 euros, valor que é só 19% do pago pelo Ministério da Justiça aos espanhóis.
Notícias indicam que a mesma organização também contratou a prestação de serviços idênticos num outro colégio do Ministério da Justiça, na Madeira.
Estamos perante um escândalo e um exemplo de má gestão económica e política.
Portugal precisa de investimento estrangeiro, não de ser explorado por estrangeiros. Precisamos de investimento que aumente a nossa capacidade de produção de bens transaccionáveis. Devemos prescindir de serviços de organizações estrangeiras que agravem o défice da nossa balança externa.
Há portugueses que são excelentes professores e técnicos, alguns no desemprego.
Não precisamos de adjudicar a educação e formação de jovens residentes num centro educativo a estrangeiros.
Sabemos que Portugal enfrenta uma grave crise económica. O Estado não pode continuar a gerir como se não tivesse de poupar. Se o Ministério da Justiça tem negociado esta gestão partilhada com IPSS nacionais, seguramente teria encontrado uma solução mais económica.
Todos percebemos que uma organização sediada no estrangeiro tem necessariamente custos de gestão superiores a uma instalada em Portugal. A gestão à distância origina sempre desperdícios. Basta pensar nos custos das deslocações dos gestores, para se ter noção de gastos desnecessários.
O buraco existente no Orçamento do Estado impõe que Portugal gira os seus serviços com menores custos, com maior eficiência. O défice na balança externa impõe que o Governo reduza as importações e as saídas de dinheiro para o estrangeiro. Estes seis milhões de Vila do Conde serão uma insignificância, mas constituem um péssimo exemplo de despesismo e de falta de sensibilidade para a nossa balança comercial.
As IPSS portuguesas colaboram diariamente com o Ministério da Justiça e com a Segurança Social no apoio a crianças e jovens residentes nos seus lares. Não mereciam ter sido desprezadas e trocadas por uma organização espanhola. Esta adjudicação, para além dos custos e erros financeiros, expressa a ideia de que as organizações portuguesas são incapazes de educar os nossos jovens.
Perante a situação, exige-se que o Governo denuncie o contrato com a organização espanhola, indemnizando-a de eventuais prejuízos, e proceda à entrega da gestão partilhada a uma IPSS portuguesa.
Portugal tem muitas IPSS disponíveis para, sem fins lucrativos, gerir estes estabelecimentos educativos do Ministério da Justiça.
Fundei uma IPSS (www.adfp.pt) que gere várias residências destinadas a mulheres, crianças e jovens com problemas sociais graves e problemas com a justiça. Temos colaborado sempre com o Estado. Sinto que este contrato com os espanhóis é um enxovalho às IPSS, aos trabalhadores e técnicos que diariamente dão o seu melhor a educar e a cuidar de crianças e jovens em Portugal.
Os políticos devem dar o exemplo. A saída da crise exige actos emblemáticos que galvanizem os portugueses. É preciso que os responsáveis políticos entendam que devem poupar e salvaguardar o interesse nacional.
Atitudes erradas devem ser exemplarmente sancionadas. Senhor primeiro-ministro, peço que demita o ministro da Justiça. "

domingo, 14 de novembro de 2010

Novo Blog em Miranda

O Blog oficial do PSD Miranda está online.
Podem visitar em http://psdmirandacorvo.blogspot.com/ .

Reforma

Ultimamente parece que a Dra. Fátima Ramos é a aposentada mais famosa de Miranda. Parece que algumas pessoas deste concelho, incluindo vereadores, pegaram nos telefones e nos mails e andaram a ligar a toda a gente com uma conversa deste género "sabe quem se reformou?! A Fátima Ramos".
Penso que antes de qualquer argumento é completamente ridícula a situação de pessoas com cargos públicos andarem a fazer telefonemas destes e a enviarem mails destes, tal atitude só demonstra a força do seu carácter e a sua capacidade política.
Posto isto, gostava de perceber qual o mal de uma pessoa a quem a lei permite se reformar optar por o fazer. Para os que não sabem a Dra. Fátima Ramos congelou a reforma, não estando neste momento a receber nem mais um Euro do que já recebia.
O único mal que posso ver é realmente o montante dessa reforma congelada ser baixo.
Realmente se pensarmos naquele último presidente de Câmara do PS em Miranda que se reformou mais novo que a Dra. Fátima Ramos, que não era licenciado, que apenas esteve 8 anos na Câmara, que não congelou a sua reforma, que a seguir a perder a Câmara foi para Chefe de Gabinete de um Governo Civil ganhar um bom ordenado MAIS a sua reforma, reforma essa que é mais ao menos o dobro da reforma da Dra. Fátima Ramos, sim se o problema fosse esse eu compreenderia tantos telefonemas.
Realmente não se percebe porque a reforma de esse senhor é o dobro da Dra., quando esse senhor nem sequer era licenciado, quando teve menos anos na câmara.
Mas o que também não percebo é porquê que estes amigos desse senhor, esses amigos vereadores e assim que agora andam com o telefone aos saltitos no bolso, não vieram na altura criticar esse seu antigo presidente pela sua enorme reforma antecipada e ainda por cima quando este a ganhava em simultâneo com o seu salário de Chefe de Gabinete do Governo Civil.
Não vos entendo...

Notas Introdutórias

Quero esclarecer algumas coisas essenciais.
Quem quiser ver os seus comentários aprovados que os faça com um mínimo de respeito e educação. Isto não é a caixa de comentários da Bola ou do Record. Não tenho problema nenhum com opiniões contrárias ao que penso mas para as publicar elas terão de ter os requisitos mínimos de educação. Vejo muita gente falar em democracia quando não vê um comentário aprovado mas esquecem-se que o respeito pelo próximo também faz parte da democracia.
Caso não gostem das regras, têm bom remédio. Não me visitem!

sábado, 13 de novembro de 2010

De Volta

O blog Ius Imperium irá retomar as suas publicações brevemente. Peço desculpa aos seguidores pela paragem prolongada. No entanto o Blog irá ter algumas alterações. Para além dos meus comentários pessoais terá uma maior interactividade. Esta passará pela publicação de noticias e comentários de outros meios de comunicação que ache relevantes. Fiquem atentos.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ultimamente não tenho tido tempo ou, mais que isso, vontade para aqui escrever. Os tempos conturbados que vivemos exigem um esforço de contenção e racionalização porque a velocidade a que tudo tem acontecido tem sido estonteante.
Quanto ao aumento do preço da água em Miranda tenho a dizer apenas duas ou três coisas. O executivo deveria aquando do aumento ter enviado uma carta aos mirandenses a explicar o porquê da mesma. Não o fez e esse foi o seu erro. Baixar o preço será um segundo erro. Hoje em Miranda temos água de boa qualidade ao contrário do que se tornou giro dizer. O que prova esta frase são as análises publicadas. O Governo aumentou os preços em relação ao preço da água e da recolha do lixo. Esses aumentos têm de então ser realizados também pela autarquia senão sucederá que existirá um défice, a câmara receberá menos e terá de pagar mais. Devido a isso terá de fazer menos obras ou ficar a dever. Se ficar a dever os mirandenses criticarão, se fizer menos obra também. As pessoas têm de se convencer que ou o estado deixa de realizar alguns serviços ou então todos teremos que pagar cada vez mais. Eu sou apologista que o Estado emagreça, mas há quem pense o contrário. Quanto ao Metro, o que se tem passado é um atentado a todos nós. Entre Serpins e Coimbra existia um serviço. Contra vários avisos, nomeadamente da actual presidente da câmara de Miranda, os sucessivos governos tiveram sempre a loucura do metro. Tiraram a linha e agora ponderam suspender a obra. Espero que tal nunca aconteça para bem de todas as gerações presentes e de todas as que vierem a aparecer. Quanto à revisão constitucional, falarei amanhã, pois essa merece um texto isolado.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Entrevista

Entrevista concedida por mim a alunos de direito no âmbito da cadeira de Ciência Política.

1) Qual o papel da JSD na eleição do governo? E perante os seus militantes e "indecisos", pessoas não instruídas, desinteressadas a nível politico na escolha do líder do governo?

- A JSD tem como principal ideal a Social Democracia. Os seus ideais são comuns aos do PSD e por isso mesmo existe uma situação de lealdade entre ambos. Por isso, a JSD esteve, está e estará sempre junto do PSD na tentativa de que este seja o partido mais votado nas eleições a que se apresenta.

2) De que maneira chega a "sua" juventude à população da vila de Miranda do Corvo?

- A JSD de Miranda do Corvo faz um enorme esforço por estar junto dos jovens e habitantes de Miranda do Corvo sempre que o considera necessário. Não somos uma juventude que apenas aparece em época de eleições, somos uma juventude que tenta ter nos seus órgãos pessoas dos mais diversos locais e grupos sociais para dessa forma termos presentes os problemas que preocupam os jovens e os habitantes de Miranda. Para além disso chegamos das maneiras mais comuns hoje em dia nas juventudes, seja através de actividades lúdicas ou de cidadania ou através dos meios de informação que existem a disposição de todos, estando para breve o lançamento de um site autónomo da JSD Miranda do Corvo.

3)Em termos gerais, o que distingue a JSD enquanto juventude, das demais juventudes partidárias?

- Em primeiro lugar a JSD distingue-se pelos seus ideais. Somos uma juventude que defende a social democracia. Não nos revemos no socialismo. Defendemos uma intervenção do Estado apenas nos mais importantes sectores da sociedade, deixando a grande iniciativa para os privados. Defendemos uma justa distribuição de rendimentos. Defendemos uma política de crescimento assente no potencial dos jovens portugueses. Acreditamos no sonho de Sá Carneiro. Em segundo lugar a JSD distingue-se pela qualidade dos seus quadros. A JSD é desde sempre a maior juventude política portuguesa. Esta é uma responsabilidade com a qual temos de lidar e um compromisso que não podemos falhar. A JSD tem desde sempre ao seu dispor os melhores quadros políticos portugueses. Podemos confirmar isso mesmo num simples facto da actualidade, é a primeira vez que um ex líder de uma juventude chega a líder de um partido, falo obviamente de Passos Coelho. E será também a primeira vez que um ex líder de uma juventude chegará a primeiro-ministro. Esta é uma responsabilidade que a JSD tem e a qual não pode fugir. Por ultimo penso que a JSD se distingue pela sua autonomia. A JSD partilha os seus ideais com o PSD mas ao contrario das outras juventudes portuguesas a JSD não se ajoelha aos pés do PSD. Por várias vezes a JSD tomou decisões diferentes do PSD. Até mesmo quando o PSD esteve no governo com Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho teve conflitos públicos com o então presidente do Partido. Infelizmente não vejo o mesmo acontecer nas outras juventudes. Hoje temos o pais que temos após 15 anos de desgovernação socialista. Hoje temos a mais alta taxa de desemprego nos jovens licenciados ao nível da Europa. Hoje temos uma politica que prejudica claramente a juventude, quer ao nível do arrendamento, quer ao nível do investimento, quer ao nível da saúde, quer ao nível da educação, quer ao nível da segurança, quer ao nível da desertificação do interior, quer ao nível do emprego, e, infelizmente, nunca fui capaz de ver a Juventude socialista pôr os jovens portugueses em primeiro lugar na sua pirâmide da prioridades. Para a JSD os jovens portugueses são o mais importante, vindo o seu partido em segundo. Para as outras juventudes o seu partido é o mais importante deixando os jovens portugueses para segundo.

4) Da maneira em que o "pais" se encontra acha que a geração JSD é o "sopro" de vida que Portugal precisa?

- Como já vos disse a JSD defende a Social-Democracia. Nós acreditamos genuinamente que é na Social-Democracia que está o sopro de vida que Portugal precisa. Tivemos nos últimos 15 anos 13 anos de governos socialistas que nos trouxeram para este escuro caminho. Os anos em que Portugal mais cresceu e mais se aproximou da Europa foram aqueles em que a Social-Democracia e o espírito reformador do PSD estiveram no comando dos portugueses. Foi assim com Sá Carneiro, foi assim com Cavaco Silva.

5)É a JSD dentro da sua autonomia que lhe é própria uma força inovadora e ousada nas ideias dentro do PSD?

- A JSD tem na sua autonomia a sua grande arma. A JSD coloca sempre os jovens portugueses à frente do PSD. Essa é a sua grande virtude. Obviamente que por sermos jovens temos uma irreverência que nos é própria e que nos caracteriza trazendo por isso inovação e ousadia para dentro do PSD e para junto dos jovens portugueses. Lembro-me rapidamente da campanha do Camelo, do Pinócrates, etc.

6)Quais as preocupações imediatas da JSD em Miranda do Corvo?

- A JSD tem como preocupação constante a aproximação dos jovens à politica e dos mesmos à Social Democracia. Como devem imaginar nos tempos que correm não é uma tarefa fácil. Quando vemos algumas coisas que acontecem em redor do primeiro ministro, quando vemos os salários auferidos por alguns gestores pagos pelo estado, quando vemos o estado em que se encontra a saúde, a educação, a justiça e o emprego, quando vemos a falta de transparência que constantemente aparece, não é fácil convencer os jovens portugueses que é nas juventudes partidárias que eles mais poderão fazer pela sua comunidade e por os que os rodeiam. A JSD tem também como preocupação obvia o bem estar dos jovens portugueses e muito especialmente dos mirandenses e tenta estar atenta para que de algum modo consiga levar os seus reais problemas a quem os possa resolver. A JSD tenta ser obviamente a voz dos jovens junto do poder.

7)Como acha que a juventude que preside é vista aos olhos dos habitantes da vila?

- Repito o que vos disse ainda agora. Acham que no estado em que está Portugal, derivado obviamente das más politicas seguidas, alguma juventude ou partido são vistos com grande confiança?! Enquanto Portugal não mudar é impossível que as forças partidárias sejam vistas como deveriam ser. No entanto e apesar disto penso que a JSD é uma juventude bem vista pelos jovens do meu concelho. Desde que sou presidente da mesma o PSD teve sempre os seus melhores resultados nas mesas jovens do meu concelho. Seja para eleições locais ou nacionais. Isso é um estimulo que nos permite achar que temos feito bem.

8)Que objectivos haviam proposto inicialmente que não conseguiu alcançar ou considera que terão ficado aquém do que tinha inicialmente previsto?

- Penso que quando nos propomos a aproximar a JSD dos jovens nunca atingiremos esse objectivo na sua plenitude. É um sonho algo utópico. Mas é um sonho que continuaremos a perseguir sempre. Queremos ter cada vez mais jovens próximos de nós e da nossa ideologia. Para além disso tivemos extraordinários resultados a nível autárquico nas ultimas três eleições no nosso concelho, um concelho marcadamente socialista, mas que conseguimos ganhar consecutivamente com um forte apoio dos jovens.

9)Relação JSD Miranda do Corvo/JSD Coimbra/PSD?

- A JSD tem como característica uma forte união a nível distrital. Obviamente que por vezes temos opiniões diferentes, escolhas diferentes, mas partilhamos uma ideologia e uma maneira de encarar a politica. Sendo assim obviamente que temos boas relações em todo o distrito, sendo que para nós os jovens de Miranda serão sempre a nossa prioridade.

10)De maneira geral como avalia o trabalho do governo até agora e o que gostava de destacar?

- Penso que como qualquer português, jovem ou adulto, atento classifico este governo como péssimo para os portugueses. Sucintamente temos pior Sáude hoje do que à 5 anos atrás. Temos pior educação hoje do que à 5 anos atrás. Temos pior justiça hoje do que à 5 anos atrás. Temos pior segurança hoje do que à 5 anos atrás. Temos menos transparência hoje do que à 5 anos atrás. Temos mais défice hoje do que à 5 anos atrás. Temos menos emprego hoje do que à 5 anos atrás. Temos menos oportunidades para os jovens hoje do que à 5 anos atrás. Temos mais desigualdades entre ricos e pobres hoje do que à cinco anos atrás. Temos mais centralização hoje do que à cinco anos atrás. Não percebo como alguém poderá classificar este governo como mais do que medíocre. O PS e o seu desgoverno estão a levar Portugal para um fosso do qual será muito difícil sair, mas para essa missão será novamente preciso recorrer ao PSD, a historia diz-nos que em situações delicadas como esta foi sempre o PSD que equilibrou Portugal e será novamente com uma politica assente na realidade, na esperança com ideais sociais democratas que sairemos dela.

11)Como tem visto o trabalho da oposição perante o governo PS?

- Infelizmente o PSD passou alguns anos com problemas internos, não tendo sido capaz de oferecer uma alternativa verdadeiramente credível aos portugueses, o PSD não agiu de acordo com a sua historia mas isso felizmente mudou. Hoje vemos um PSD unido, com vontade de mudar e com vontade de oferecer aos portugueses uma solução para um futuro muito melhor. O PSD tem hoje todas as condições para ser governo e estou convicto que o será brevemente. Quanto aos restantes partidos apenas aproveitaram esta fase instável que o PSD passou. Partidos como o CDS e o BE conseguiram captar algum eleitorado que bastante desiludido com o PS não conseguia encontrar no PSD uma alternativa credível e por isso se dispersou por esses partidos que fazem politica com base no populismo e com base em propostas aliciantes mas utópicas. Apesar do CDS ainda ter alguma mente estadista os outros partidos não são nem nunca serão partidos de poder e por isso aliciaram os portugueses com discursos fáceis e apetecíveis mas completamente enganadores. Como vos disse, penso que muito brevemente tudo irá mudar devido a estabilidade e força que o PSD recentemente encontrou.

12)O que o trouxe para a vida politica? Ainda são as mesmas razões que o fazem manter?

- Penso que a politica é o meio mais eficaz de fazermos mais pelos nossos amigos, pela nossa rua, pela nossa freguesia, pelo nosso concelho, pelo nosso distrito, pelo nosso país, pelo nosso mundo. Pensava isso quando era mais novo e hoje continuo a pensar isso. Fazer politica é querer fazer melhor pela nossa comunidade. Penso que esta é a única maneira com que se deve encarar a politica. Infelizmente são demasiados os exemplos de pessoas que entram para a politica com outros interesses que não os interesses de todos. Porém penso que com mais transparência e com mais pessoas com os ideais de ética, seriedade e prossecução do interesse geral, independentemente do partido que militem, esses que vêm para a politica com intenções erradas serão expulsos dela. Se as politicas social democratas forem para a frente como desejo, o estado sairá dos negócios e será mais um importante passo no caminho da limpeza de alguns que andam a mais na politica. Para completar isto tive uma família com fortes ligações à politica, uma família que sempre andou na politica com os ideais certos, sentindo-me assim mais atraído e mais motivado para esta fantástica ideia de poder ajudar os outros.

13) O que acha que os jovens de 15/16 anos procuram numa estrutura partidária juvenil?

- O que eu acho que os jovens devem procurar numa estrutura partidária juvenil vem no seguimento do que já vos disse. Penso que devem entrar com o espírito de sacrifício de virem gastar algum tempo para melhorar a situação da comunidade que os rodeia. Penso que devem entrar pois terão uma oportunidade única de o fazer junto de mais jovens que partilham os mesmos ideais. E penso que o devem fazer porque será também uma maneira de adquirirem conhecimento e formação. Infelizmente a nossa educação entrou no caminho do facilitismo e tem os seus programas extremamente desactualizados. Na minha opinião é inconcebível que não haja uma disciplina nos secundários que verse matérias relativas a ciência politica. Acho que é dramático jovens de 14/15/16/17/18 anos não saberem o que é a direita e a esquerda. Não saberem o que é o défice, o desemprego ou a justiça. Não saberem o que é o certo e o errado. Não saberem por vezes quem é ou o que faz o primeiro ministro ou o presidente da republica. As juventudes partidárias colmatam este erro clamoroso da nossa sociedade. Nelas os jovens em pouco tempo vão adquirir muitos conhecimentos e vão-se deparar a gastar algum do seu tempo a pensar em coisas que poderão melhor a comunidade em seu redor bem como a sua própria vida, porque a cultura geral pode ser fundamental a um jovem quando este está no seu dia a dia ou quando está a tirar um curso superior.

14) A JSD de Miranda do Corvo revia se na candidatura de Manuela Ferreira Leite? Qual a posição perante Passos Coelho?

- Eu não posso falar pela JSD de Miranda do Corvo no seu todo. Um dos bens essências da JSD é a liberdade de cada um. O que vos posso dizer é que a JSD de Miranda do Corvo sempre foi leal ao líder do PSD. Com isto não quero dizer que esta preste uma vassalagem cega a qualquer opção de um líder do PSD. Esta está sempre do lado dos jovens e da social democracia. Em condições normais os lideres do PSD também o estão, dai a lealdade da JSD ao líder do PSD. Falando em meu nome pessoal, aquando da candidatura da Dra. Manuela Ferreira Leite à liderança do partido esta não contou com o meu voto. No entanto a partir do dia em que foi eleita sempre contou com o meu apoio e com a minha lealdade. Hoje tenho uma muito melhor opinião sobre ela do que à 3 anos atrás. Foi uma pessoa muito importante no caminho para a estabilidade que hoje o PSD adquiriu. Obviamente que devido à sua idade e também devido a falhas ao nível da comunicação com os portugueses sempre percebi que a Dra. Não era a candidatura mais forte que o PSD poderia ter apresentado nas ultimas eleições mas isso faz parte do passado, teve a sua importância, as suas virtudes e os seus defeitos. Penso que o importante é deixarmos de falar do passado, deixarmos de discutir o passado, deixarmos de pensar no hoje como se não houvesse amanhã. Temos de pensar no presente mas com vista ao futuro a longo prazo. E pensando assim não tenho duvidas que o Pedro Passos é a pessoa certa, no lugar certo. Ele trouxe uma lufada de ar fresco ao PSD que terá os seus resultados brevemente e trará a mesma lufada ao país. Tenho orgulho em ter sido seu director distrital de campanha, pois revejo-me na sua pessoa enquanto homem de ideais e princípios genuinamente sociais democratas. Portugal precisa de um homem com ideias claras, que mude, que faça uma ruptura com o passado de modo a libertar o futuro. Portugal precisa de uma linha social democrata não só para resolver os problemas de hoje mas também para construir um futuro melhor para todos nós e para as futuras gerações. Estou convicto que esse caminho será construído com a social democracia e com o Dr. Pedro Passos Coelho. Os portugueses já perceberam que o socialismo mais uma vez faliu em Portugal e faliu os portugueses e brevemente teremos a social democracia instituída em Portugal.

15)Que avaliação faz do actual trabalho da câmara municipal de Miranda do Corvo, no que diz respeito a politicas voltadas para a juventude?

- De uma maneira divertida posso resumir esse trabalho da seguinte forma. Quando era uma criança e o PS estava à frente da CM de Miranda do Corvo ia para a escola numa estrada esburacada e sem passeios que constituía um perigo para todos, passava em terrenos de terra batida onde crianças não tinham as mínimas condições para brincar, e chegava a uma escola em pré fabricados, que estava nesse estado para mais de 20 anos. Hoje se estudasse na mesma escola, iria por uma estrada bem alcatroada, com saneamento básico por baixo, passeando em cima de passeios, passaria por um parque verde com relvados e baloiços para as crianças, bem como por uma nova praça para jovens e adultos, encontraria um super-mercado que emprega mais de trinta jovens e pais de jovens, passaria a porta de um cinema e acabaria numa escola nova com todas as condições de topo. Esta foi a mudança que a Câmara do PSD trouxe a Miranda. Fizeram-se estradas, passeios, parques verdes, praças, cinema, novas escolas, criaram-se animações destinadas aos mais diversos grupos etários desde um festival da juventude, a um desfile de moda, a concertos de verão, a passeios para os idosos, a praças cobertas por redes wireless. Penso que felizmente hoje podemos dizer que é bom viver aqui.

16)Para si quais as competências e responsabilidades de um Governo?

- O governo tem uma competência executiva. O governo deve governar e encaminhar os portugueses para o melhor caminho possível. Obviamente deve fazer isto ao abrigo da separação de poderes, algo que hoje muitas vezes não acontece. Frequentemente vemos um governo com suspeitas de envolvimento na justiça e em negócios que em nada beneficiam os portugueses. Por isso mesmo defendo que a justiça deve deixar de ter qualquer órgão nomeado pelo governo, defendo que o Governo deve tirar o estado português dos negócios, penso que o governo deve sim governar os portugueses tentando-lhes facultar o maior apoio social que seja possível. Acho inacreditável que uma pessoa que trabalhe uma vida inteira tenha uma reforma medíocre e outra que nunca tenha feito nada receba um subsidio maior que o ordenado de muitos trabalhadores sem dar nada em troca a sociedade. Acho inacreditável que um gestor pago pelo estado ganhe em media 18 vezes mais que os trabalhadores portugueses. Acho inacreditável que haja suspeições de controlo de comunicação social por parte de um governo derivado ao facto de quem está mandatado para controlar se existem ou não influencias terem sido nomeados por esse mesmo governo. Acho inacreditável o volume de gastos correntes do governo. Acho inacreditável que a constituição seja constantemente violada como no caso da saúde em que nos é garantido que a saúde é gratuita para todos mas depois quando analisamos os números vemos que cada português gasta em media 3/10 do seu salário em saúde. Portugal precisa de mudar e para mudar precisamos de um novo governo que esteja preparado para por Portugal no rumo da esperança e do crescimento, com uma correcta distribuição de riqueza pela sociedade. Portugal não pode continuar a ter portugueses de 1ª e portugueses de 2ª. Para tudo isto mudar o governo tem de passar a governar mais e a politicar menos.

17)O que acha da evolução do governo dos últimos anos?

- Penso que ao longo das perguntas anteriores já respondi a essa questão. Os governos socialistas dos últimos anos e também o governo intermédio do PSD (Embora este apenas tenha estado 2 anos e não podendo por isso sequer ser comparável) têm desgovernado em vez de governar. Portugal precisa de um novo animo, de uma nova esperança e de um caminho, não digo um novo caminho porque sinceramente penso que nos 5 anos de Sócrates não tivemos sequer um caminho.

18)Existe ou não rivalidade entre as duas juventudes partidárias( esquerda/direita)?

- Quando estão em causa duas ideologias distintas, quando estão em causa duas maneiras de pensar distintas obviamente que existirá sempre uma rivalidade. Como vos disse anteriormente existe uma juventude que coloca Portugal em primeiro e outra que coloca o PS em primeiro. Existem politicas socialistas e politicas sociais democratas que as separam. As politicas socialistas já por diversas vezes trouxeram Portugal para estados como o de hoje. As politicas sociais democratas já no passado endireitaram e colocaram Portugal na rota do crescimento e no futuro próximo irão faze-lo de novo. Portugal precisa de um estado forte mas mais pequeno, fora da orbita dos negócios, Portugal precisa de deputados mais próximos dos cidadãos, Portugal precisa de descentralizar, Portugal precisa de um interior mais forte e competitivo, Portugal precisa das suas contas publicas equilibradas, Portugal precisa de uma justiça mais rápida e mais justa, Portugal precisa de mais transparência, Portugal precisa de uma distribuição de rendimentos mais correcta, Portugal precisa de um sistema de saúde aberto a todos independentemente do sitio onde vivem, Portugal precisa de mais crescimento, Portugal precisa de uma educação mais exigente, Portugal precisa de mais esperança, Portugal precisa da social democracia, Portugal precisa de MUDAR.