quarta-feira, 28 de outubro de 2009

(DES)igualdade

Volto a perguntar, estaremos no rumo certo?

" Desigualdades: Portugal cai para 46º em índice das diferenças de oportunidades de homens e mulheres

Ontem

Genebra, 27 Out (Lusa) - Portugal caiu pelo terceiro ano consecutivo, para 46º lugar, no índice do Foro Económico Mundial que mede as desigualdades entre homens e mulheres no acesso a recursos e oportunidades, que continua a ser liderado pelos países do Norte da Europa.

Numa escala de 1 (igualdade total) a 0 (desigualdade total), Portugal obtém 0,7013 pontos, o mesmo que o Cazaquistão e a Jamaica, e imediatamente atrás do Peru e Israel, no "Relatório Global sobre Desigualdades de Género", que inclui 134 países, elaborado com a colaboração de diversas universidades norte-americanas, como Harvard ou Berkeley.

Se, na primeira edição do ranking (2006), Portugal surgia em 33º lugar, na segunda caiu para 37º e no ano passado já surgia em 39º, apesar de uma subida ligeira da pontuação, que não levou a uma melhoria da posição geral devido à melhor prestação de outros países e aumento do universo da análise. "

3 comentários:

Anónimo disse...

E eu pergunto: há alguém neste país mis capaz de pôr isto no rumo monimamente certo, do que o engenheiro Sócrates??

José Ferreira disse...

Caro Anónimo, a maioria das pessoas que foram votar no último dia 27 pensam de acordo com o senhor. Como é público a minha opinião difere dessa maioria. Penso que existem várias pessoas muito mais capazes, tanto no PSD como no próprio PS. Mas quanto a isso a democracia não deixou dúvidas. José Sócrates foi eleito primeiro-ministro novamente.


No entanto considero que a questão da desigualdade é muito mais complexa. No meu entender é uma questão de fundo para toda a sociedade e não só para quem nos governa. Publiquei esta noticia exactamente por isso, para todos reflectirmos. Profundamente.

Anónimo disse...

A este nível não estamos no rumo certo.

Vejamos alguns exemplos.

Em Portugal o numero de mulheres que acabam os seus cursos universitários é muito maior do que o de Homens.

Seria normal que existissem mais mulheres com cargos de chefia.

A realidade demonstra-nos que não é assim.

A maioria das empresas têm nos seus cargos de chefia Homens. Na politica, o numero de Mulheres è muito escasso.

Veja-se o caso das autarquias. No distrito de Coimbra tínhamos apenas uma presidente de Câmara, que iniciou funções em 2002, a Dr Fátima Ramos.

Agora foi eleita uma nova presidente de Câmara. Continua a ser um numero muito reduzido, face ao numero de concelhos.

No concelho , tínhamos uma presidente de Junta, agora não temos nenhuma.

No governo e apesar da melhoria verificada, recentemente, temos um numero muito reduzido de mulheres.

Em Portugal não são criadas condições ás mulheres que lhes permitam aceder a determinados lugares. È uma pena.

Apesar de tudo, tem sido o PSD que mais mulheres tem tido como presidentes de Câmara.

Em Portugal tivemos apenas uma mulher a desempenhar o cargo de primeiro Ministro, Lurdes Pintassilgo.

Numa sociedade onde o numero de Homens e mulheres è bem distribuído, onde as mulheres têm mais habilitações, é lamentável esta realidade.

Felizmente foi aprovada a lei das quotas, talvez a situação melhore um pouco.

Os países do Norte da Europa, onde as diferenças são menores, são os países onde se vive melhor.

Os países onde as mulheres são maltratadas, como é o caso dos países árabes, são os países onde se vive pior.

Se Portugal conseguir inverter este caminho, conseguirá certamente melhorar os seus rácios de desenvolvimento.