quinta-feira, 2 de abril de 2009

"Perguntas" por Mário Crespo

Mais um texto do reconhecido jornalista Mario Crespo que, no meu entender, vale a pena ler.

"Porque é que o cidadão José Sócrates ainda não foi constituído arguido no processo Freeport? Porque é que Charles Smith e Manuel Pedro foram constituídos arguidos e José Sócrates não foi? Como é que, estando o epicentro de todo o caso situado num despacho de aprovação exarado no Ministério de Sócrates, ainda ninguém desse Ministério foi constituído arguido? Como é que, havendo suspeitas de irregularidades num Ministério tutelado por José Sócrates, ele não está sequer a ser objecto de investigação? Com que fundamento é que o procurador-geral da República passa atestados públicos de inocência ao primeiro-ministro? Como é que pode garantir essa inocência se o primeiro-ministro não foi nem está a ser investigado? Como é possível não ser necessário investigar José Sócrates se as dúvidas se centram em áreas da sua responsabilidade directa? Como é possível não o investigar face a todos os indícios já conhecidos? Que pressões estão a ser feitas sobre os magistrados do Ministério Público que trabalham no caso Freeport? A quem é que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público se está a referir? Se, como dizem, o estatuto de arguido protege quem o recebe, porque é José Sócrates não é objecto dessa protecção institucional? Será que face ao conjunto de elementos insofismáveis e já públicos qualquer outro cidadão não teria já sido constituído arguido? Haverá duas justiças? Será que qualquer outro cidadão não estaria já a ser investigado? Como é que as embaixadas em Lisboa estarão a informar os seus governos sobre o caso Freeport? O que é que dirão do primeiro-ministro de Portugal? O que é que dirão da justiça em Portugal? O que é que estarão a dizer de Portugal? Que efeito estará tudo isto a ter na respeitabilidade do país? Que efeitos terá um Primeiro-ministro na situação de José Sócrates no rating de confiança financeira da República Portuguesa? Quantos pontos a mais de juros é que nos estão a cobrar devido à desconfiança que isto inspira lá fora? E cá dentro também? Que efeitos terá um caso como o Freeport na auto-estima dos portugueses? Quanto é que nos vai custar o caso Freeport? Será que havia ambiente para serem trocados favores por dinheiros no Ministério que José Sócrates tutelou? Se não havia, porque é que José Sócrates, como a lei o prevê, não se constitui assistente no processo Freeport para, com o seu conhecimento único dos factos, ajudar o Ministério Público a levar a investigação a bom termo? Como é que a TVI conseguiu a gravação da conversa sobre o Freeport? Quem é que no Reino Unido está tão ultrajado e zangado com Sócrates para a divulgar? E em Portugal, porque é que a Procuradoria-Geral da República ignorou a gravação quando lhe foi apresentada? E o que é que vai fazer agora que o registo é público? Porque é que o presidente da República não se pronuncia sobre isto? Nem convoca o Conselho de Estado? Como é que, a meio de um processo de investigação jornalística, a ERC se atreve a admoestar a informação da TVI anunciando que a tem sob olho? Será que José Sócrates entendeu que a imensa vaia que levou no CCB na sexta à noite não foi só por ter feito atrasar meia hora o início da ópera? "

PERGUNTAS Mário Crespo 2009-03-30

10 comentários:

João disse...

Resposta ao Sr. Manuel Monarca
Caro Manuel
Cada um fala por si, do que eu entendi das suas palavras o Sr. de Manuel não tem nada, o melhor até terá, pelo menos o "M" "uel"...
Tenho muita honra no meu nome, pelo que o vou usar sempre...
Será que pretende que coloque o meu n.º de BI e contribuinte...!!!???
O amigo Manuel esqueceu-se de reproduzir os elogios efectuados ao Dr. Fausto Correia também por essas mesmas pessoas, esse paragrafo já não lhe interessava reproduzir... Mas já agora era alguma mentira?
Caro Manuel, dizer a verdade ainda que nos custe ouvir não é nenhum mal, agora mentir, faltar à verdade ou mesmo omitir algo é feio, é jogo baixo e não está dignificar o concelho e as suas gentes.
Abraço
joão

Anónimo disse...

O “João” anda com problemas de identificação e de localização. O comentário do Espaço Plural é comentado no Ius Imperium?! Será alguma simbiose ou o Espaço Plural censurou o seu comentário?

Atacar a amnésia violentamente, recuperando a memória do que foi dito e escrito, é um tratamento de choque. Principalmente quando a xenofobia de ocasião, das afirmações transcritas, se confronta com afirmações anteriores proferidas em momentos solenes: “porque somos uma terra democrata, republicana, não podemos fazer distinções entre quem cá nasceu e aqueles que escolheram Miranda para viver ou trabalhar. Somos todos iguais” (Fátima Ramos, discurso solene das comemorações do Feriado Municipal, Junho de 2005). Habitue-se.

Manuel Monarca

Nota: como é óbvio vou dar conhecimento deste texto a outros blogs.

José Ferreira disse...

“porque somos uma terra democrata, republicana, não podemos fazer distinções entre quem cá nasceu e aqueles que escolheram Miranda para viver ou trabalhar. Somos todos iguais”

Exactamente, sr monarca.
Aqui criticou-se e critica-se unicamente aqueles que nasceram em Miranda, escolheram outro local para viver e depois, um dia quando foram grandes, se lembraram que Miranda existia para vir cá tentar ser poder. O Sr. agora é que me parece que mordeu o isco.
Já agora, no meio de textos tão elaborados, o sr. acaba por se perder.

João disse...

Caro Monarca
limitei-me a seguir a sua boa sugestão, de enviar os comentários para os 3 blog's...
mas para não variar no blog do PS nunca são publicados...
Dado que só faltam 22 dias par o 25 de Abril, pode ser que daqui a 23 dias os comentários passem a ser publicados nesse blog...
fim à censura...
Abraço
João

Anónimo disse...

A insistência na xenofobia é deplorável por parte do pubescente. Filme: num dia somos todos iguais (Junho de 2005), noutro somos todos diferentes (Setembro de 2005), noutro ainda fazem-se elogios. Tudo por conveniência politiqueira na mais absoluta hipocrisia.

Mais grave é a leitura curta de democracia para explicar a xenofobia (que não tem explicação): poder (“um dia quando foram grandes, se lembraram que Miranda existia para vir cá tentar ser poder”). Percebemos agora o que motiva o JJ: o medo de perder poder.

Manuel Monarca

José Ferreira disse...

Caro Monarca, a sua insistencia na mentira, no tentar mandar areia para os olhos, é que é no meu entender deplorável. Nunca fui nem serei Xenofobo. Talvez começe a perceber o sentido de tanto constrangimento com este assunto, talvez o sr. nao seja manuel, talvez o sr. nao tenha escolhido miranda para viver. Hummm...será?!
O que acham os Bloguers? Alguém que se sente tão ofendido e que defendende tão vivamente as pessoas que nasceram em Miranda, escolheram outro sitio para viver, e depois lembraram-se de vir para ca para concorrer a eleições? Talvez o Sr. Monarca esteja nessa situação não acham? Começa-me a parecer muito comprometido.
Em relação ao seu ultimo paragrafo, se o sr. tem a visão curta de achar que eu sou poder ou que eu tenho muitas vantagens com o facto de a DRA. Fátima Ramos ser poder, o sr. está provavelmente muito enganado. Não vou enumerar aqui as desvantagens porque ao contrário de si e de outros não ando para ai a escrever as histórias da carochinha , das viagens de bicicleta à chuva, etc etc...
Mas retomando o assunto digo-lhe mais uma coisa, quem tem medo de perder o poder é quem nunca fora nada antes de o ter, é quem o usa em seu proveito em vez de o usar no proveito de todos. Esta é uma lição básica da democracia. Pessoas como a Dra. Fátima Ramos e seu executivo, que não precisam de poder para viver, que nunca usaram o poder em seu proveito, que quando lá chegaram já eram pessoas de referencia e que quando sairem o vão continuar a ser, serão ainda mais provavelmente , nao por maus motivos, mas sim porque fizeram um trabalho digno e reconhecido.
Este genero de pessoas não tem medo de perder o poder.
Agora talvez o sr. é que esteja demasiado ansioso para obter o poder, mais uma vez pergunto aos bloguers, o que acham destas curiosidades? Tanta coisa com quem vai para fora e volta para as eleiçoes, tanta coisa à volta do poder...hummm?! o que acham voces?
Já agora o sr. devia deixar esses discursos bonitos para a campanha, mas, será que em tanto tempo fora, alguma vez assistiu por aqui a um debate?

Anónimo disse...

Quanto mais corda se dá ao pubescente mais ele se enrola! JJ respeita com elevada devoção cristã o mandamento “Honrarás Pai e Mãe”. Com igual fervor enaltece a família, os seus ideais desinteressados e o desprendimento relativamente ao poder. Tanto altruísmo até me dá vontade de chorar!

Manuel Monarca

José Ferreira disse...

O sr. Monarca fica mesmo ofendido. Eu compreendo, as verdades doiem a ouvir, mas e mau um sr. com as suas aspirações não conseguir sequer levar a melhor sobre um pubescente. Já pensou se com o pubescente a vida lhe corre assim, como correra entao com os progenitores? hummm... Não sei, mas eu não durmiria descansado.
Já agora a si, so lhe volto a responder quando der conteudo, é que, como já lhe disse vezes sem conta, muita parra e pouca uva.
Haja paciencia

Anónimo disse...

Caro José
Tentando responder às sua questões/duvidas, concordo com o defendido pelo caro joão, o Sr. Manuel Monarca de Manuel não tem nada, o melhor até terá, pelo menos o "M" "uel"...
espero ter contribuido para algum esclarecimento

Anónimo disse...

Ó Ti Manel pare lá di mangar cum u cachopo e cum as restantes alminhas.
Abraço
Juvelina